sexta-feira, 15 de abril de 2011

Que seja giro, meu!

A língua que vai ao céu da boca nos "tis" chiados sob o céu da Baixa, azul: cumplicidade tecida sobre o acento, ao sol. Lisboa se verdeamarela entre eléctricos e autocarros. Mas a saudade... // Pensei em criar um espacinho, meus caros, para partilhar com os senhores um pouquinho da "cena portuguesa" contemporânea, em vídeos, músicas, notícias, rabiscos, entrecortados por causos breves de palavras. // A "cultura brasileira contemporânea" está muito mais presente em Lisboa que a "cultura portuguesa contemporânea" está em São Paulo. Assimetrias de indústrias culturais, em tempos de mercadorias - o sentido das naus agora é outro. // Não sou prendado em "críticas musicais", nem em grandes reflexões antropológicas. Tampouco me atrevo aqui a discutir "cultura": fiquemos com a imprecisão (im)própria do termo, que a torna comum e possível para nós. // Publico, assim, imprecisamente e sem a pretensão de qualquer rigor, um pouquinho da "cultura contemporânea" portuguesa que ando a (re)conhecer aos poucos, para dividir convosco as alegriazinhas das descobertas cotidianas. Aproveito para matar a saudade de amigos, e invento um pretexto e um acervo meu. // O blog é simples, sem grandes firulas ou vontades de ser grande. Uma conversa de cozinha entre bons e velhos camaradas, com roupas de ficar em casa. E "se à porta humildemente bate alguém, senta-se à mesa co'a gente". // Que não seja uma seca, pá!, mas que seja giro, meu! =)

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