domingo, 17 de abril de 2011

Eu gostava de saber o teu nome, se faz favor. Dito assim, em pretérito imperfeito, a olhar para mim. Gostava? Causou-me grande confusão: no Brasil ainda somos afeitos ao gostaria. Cá, em terras lusitanas, o gostaria soa demasiado polido, daquela fala enroscada em formalidades. Gostava que me enviasse um e-mail, gostava de saber de ti, gostava de ter contigo amanhã. Se, no Brasil, o pretérito imperfeito se bagunça com o futuro do pretérito - tantas e tantas vezes - no caso do verbo ir (se pudesse eu ia/se pudesse eu iria) ou fazer (se desse eu fazia/se desse eu faria) , em Portugal é o que se dá, entre outros, com o verbo gostar. Dessas "naturalidades" nossas que estranhamos nos outros. E que fique cada um com os seus imperfeitos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário