terça-feira, 26 de abril de 2011

A língua, em sussurros, ao seu ouvido: estou-me a vir, estou-me a vir! Entregue em brasilidade, ele a alcançava: vou gozar! As falas se afinavam apenas no grito das vogais. O despudor também é dado a costumes: "vou gozar?", ela achou piada; "estou-me a vir?", ele, poesia. Na n(m)udez dos corpos, os silêncios se entendiam.

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