Hoje, dia 23 de julho, comemora-se o aniversário da maior fadista portuguesa: Amália Rodrigues (1920-1999). Um dos grandes nomes de Portugal, Amália Rodrigues é homenageada em praças, ruas, avenidas, jardins, edifícios. Seu túmulo apequena o vulto de ex-presidentes, e grandes escritores, com quem divide honrarias no Panteão Nacional. Ei-la, Amália.
sábado, 23 de julho de 2011
sexta-feira, 22 de julho de 2011
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Jerónimo & Cro-Magnon
"Mais que uma banda, é uma maneira de estar. Com tendências vivamente marcadas num folk-rock muito característico das décadas de finais de sessenta, princípios de setenta, sem esquecer o verdadeiro sentido das palavras, os 'Jerónimo & Cro-Magnon' revivem paixões, desbaratam ilusões, confrontam situações e embaraçam "campeões", sem nunca esquecer as suas próprias raízes" (retirado do site do grupo). Direto da estação do Fundão, Jerónimo & Cro-Magnon!
Um piá (puto) brasileiro pede ao senhor da doçaria:
- Tio, me vê uma bomba!
- Diz, diz?
- Uma bomba, por favor!
- Não percebi: uma bomba?
- Sim, tio, essa bomba aqui, de chocolate. Ou aquela ali, maior.
- Esta eclair? Aquele rim? Diga lá, qual preferes, ó menino? Aqui não vendemos bombas - gracejou.
- Aquela. Aquela bomba ali.
E foi embora, a se lambuzar com palavras.
- Tio, me vê uma bomba!
- Diz, diz?
- Uma bomba, por favor!
- Não percebi: uma bomba?
- Sim, tio, essa bomba aqui, de chocolate. Ou aquela ali, maior.
- Esta eclair? Aquele rim? Diga lá, qual preferes, ó menino? Aqui não vendemos bombas - gracejou.
- Aquela. Aquela bomba ali.
E foi embora, a se lambuzar com palavras.
terça-feira, 19 de julho de 2011
Joana Amendoeira
Mais uma das grandes novas vozes do fado português. "Em 2010 e com apenas 27 anos de idade, Joana Amendoeira apresenta o seu sétimo disco, um trabalho de originais que combina o fado tradicional com arranjos de acordeão, piano e violoncelo. Dentro e fora de Portugal, a fadista é reconhecida pela sua raiz clássica mas também pela procura de novas linguagens musicais" (retirado do site da cantora). Joana Amendoeira!
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Rita Redshoes
"Rita Redshoes continua em busca de sonhos pop. Ou melhor, a viver as suas canções como fantasia para tela" (Ípsilon - Música). Mais uma artista do mainstream português com músicas, quase todas, em inglês. Rita Redshoes!
Os Velhos
"Francisco Xavier, Zé Preguiça, Sebastião e Lucas. Têm nomes que bem podiam ser de personagens de um livro de ficção infantil, mas apesar da tenra idade apresentam-se como Os Velhos. (...) rock eletrificado por memórias que provavelmente não lhes pertencem, mas que ainda assim surgem em toda a sua glória no álbum que acabam de editar e que tem em 'Senhora do Monte' uma manifestação avançada" (Revista Blitz, junho 2011, p.31). Assim como vale conhecer o miradouro da Senhora do Monte (um dos mais bonitos de Lisboa), na Graça, vale conhecê-los: Os Velhos!
Eugénia Melo e Castro
"Eugénia Melo e Castro conseguiu em três décadas de carreira reunir duetos com os maiores nomes da música brasileira. Eugénia cantou com Tom Jobim, Ney Matogrosso, Gal Costa, Caetano Veloso, Adriana Calcanhotto e muitos outros". "(...) talvez a mais significativa ponte musical entre Portugal e o Brasil nas últimas décadas" (retirado do blog da cantora). Em cenário brasileiro e acento português, Eugénia Melo e Castro!
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Se calhar, irei ter contigo; se calhar, sabes quem é a Fátima; se calhar, ele nos contactou ontem. Se calhar. A forma condicional, a perambular entre a simplicidade de um talvez e o fausto de um quiçá, é expressão corriqueira no falar de toda a gente, em Portugal. Como o "se pá", calão corrente entre muitos jovens paulistanos ("se pá irei ao médico", "se pá chove hoje"), ou o "se quadra/se cadra" usado na Galiza (Galícia), o se calhar é arroz de festa em conversas lisboetas. Se calhar, de tão comesinho já é dito despercebido nos entremeios das orações. Se calhar.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Mão Morta
Há quem os defina como "avant-garde", há quem diga que estão entre as mais importantes bandas de rock de Portugal. "Braga, cidade dos arcebispos e bastião por excelência da direita ultra-conservadora, via assim nascer, por ironia do destino, uma banda cuja postura viria, ao longo dos anos, a afrontar os valores morais e políticos de uma sociedade culturalmente atrasada e na ressaca do salazarismo" (retirado do site da banda). Que assim seja. Mão Morta!
domingo, 10 de julho de 2011
The Gilbert's Feed Band
"The Gilbert's Feed Band é um agrupamento musical português. A banda é sinónimo de performances hardcore com acrobacias, fusão musical e atitude burlesca. The Gilbert's Feed Band designa de música estrambólica a sua música acelerada, amalucada e original. (...) Para além da música, os espectáculos ao vivo da The Gilbert's Feed Band estão cheios de surpresas, saltos, acrobacias, etc." (Wikipedia!). Gilbert's circus!
sábado, 9 de julho de 2011
Paulo Praça
Com Sónia Tavares não teve medo de caras feias; com outros, reviveu Amália; de valter hugo mãe (as minúsculas são intencionais), musicou escritos - como nesta bela música/vídeo, em que o próprio poeta é representado a fazer coro à força da nossa voz. Paulo Praça!
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Raquel Tavares
"Considerada pela imprensa como a nova Severa Lisboeta, Raquel Tavares tem o dom de ser Fadista. Para ser intérprete, não basta saber cantar, colocar a voz e afinar nas notas da melodia; é importante criar, pegar na poesia e casá-la com a música, sugerir uma história, e Raquel faz isso de um modo perfeito" (Fado.com). Pois, ei-la:
Canta-se melhor o fado no país em que tão cotidiano quanto um aceno de tchau é a trivialidade de um dizer adeus.
P.s: vale conhecer o Senhor do Adeus, e a despedida feita por todos aqueles para quem, noite após noite, acenava. Causos lisboetas!
P.s: vale conhecer o Senhor do Adeus, e a despedida feita por todos aqueles para quem, noite após noite, acenava. Causos lisboetas!
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Klepht
Como se diz Klepht? Embora doa, diz-se Cléft, como bem nos ensinam. Banda de pop-rock português com concertos feitos até no Second Life. Klepht.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Lacraus
Como bem dizem, um "panque-roque infantil feito das guitarras, da bateria, do orgão e das vozes (...). Os Lacraus cantam sobre muitos temas mas principalmente sobre Deus, mulheres e crianças. Em português porque, até à data, consideram saloio fingir que não é nesta língua que lhes ocorre dizer as coisas. Mas atenção, os Lacraus são uma banda bastante pró-americana e não têm nos seus projectos tocar na Festa do Avante" (Retirado do Myspace da banda). Lacraus!
Minta
"A Francisca Cortesão fez canções, gravou-as em casa e decidiu mostrá-las através da Internet. Depois ganhou a coragem necessária e arranjou a companhia de três músicos: José Vilão, Filipe Pacheco e Nuno Rafael. Que é como quem diz que tornou a coisa real, tirou-a cá para fora. Minta surgiu assim, de forma aparentemente descomprometida" (Bodyspace.net - 28 de janeiro de 2009). Músicas boas, pop-rock-folk, cantadas em inglês. (Imperdível é Francisca Cortesão e B Fachada, juntos, em "Primeiro dia", música do EP para miúdos "B Fachada é pra meninos"). Minta!
Uma senhora à janela conjuga céu com toalhas no varal. O velhote escarra ao pé de Deus uma oração. Um trinado de eléctrico a escandir a cidade, das águas-furtadas aos rés-do-chão. Lisboa.
P.s: Águas-furtadas - há poesia até em uma janelinha ao sol.
P.s: Águas-furtadas - há poesia até em uma janelinha ao sol.
Ricardo Ribeiro
"Não posso queixar-me da vida, posso só queixar-me de mim próprio", disse Ricardo Ribeiro ao jornal Diário de Notícias, sobre a sua nova empreitada solo. Fadista contemporâneo, lisboeta, a dar-nos horas de fado, ei-lo:
"Tens guito?", perguntou-me, em noite de praça. Surpreso pela ousadia, segredei, a me esquivar de ouvido alheio: "ganza? baseado?". O termo me soava ilícito. "Não! Guito!", ele riu, com os dedos a me indicar dinheiro. Guito, gaita, grana, dindim, bufunfa, tutu: não tínhamos um puto. Sobravam-nos nomes, faltavam-nos moedas.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Oioai
Produzido pelo brasileiro Alexandre Kassin, o primeiro EP dos Oioai já conta cinco anos. Gravaram com Xutos e Pontapés, participaram de um tributo à Carlos Paião e foram banda-sonora (trilha sonora) de novela. Pop-rock gostoso, ói. Oioai!
"Que pirosa", suspirou, a desacreditar de certa cafonice do luxo. Passara uma cócó (dondoca), em olhares desdenhosos e roupas mais que emperequetadas, como a posar para colunas sociais. Pirosa, brega ou cafona, o desalento se fez resmungo ao meu ouvido. "O jet-set é igual, e piroso, em qualquer sítio", remendou. Talvez discordem Lili Caneças e Vera Loyola.
domingo, 3 de julho de 2011
Taxi
Rock português dos anos 80. Quando cantavam Cairo, Mubarak já mandava e desmandava no Egito; quase 30 anos depois, quando voltaram aos palcos de Portugal, com um rock bem diferente, o presidente egípcio ainda era o mesmo, a dar as cartas na "cidade internacional". "Joga-se o xadrez mundial". Os Taxi!
sexta-feira, 1 de julho de 2011
"E o Acordo Ortográfico?", perguntaram-me. Respondo: "pouco me interessa". Uso hífens ao acaso, acentuo por preguiça. Para, pára, para-raios, pára-raios, pararraios? Raios. Escrevo amnistia (anistia), e também fato (facto): minha indulgência é a possibilidade de dupla grafia. As consoantes mudas, não articuladas (actor, óptimo, exacto), dispenso por brasilidade, ou as reforço por preciosismo. Maiúsculas, minúsculas, circunflexos, agudos, confio-me a negligência da intuição, sem as exigências normativas da "reforma" - que me perdoe Antônio Houaiss. Encanto-me não por ortografiquices, mas pelos desacordos fonéticos, sintáticos e pragmáticos de nossos portugueses: pronúncias, calões, expressões correntes, usos vocabulares. Eis o que diferencia, e caracteriza, as nossas línguas. Eis o que me (en)leva.
Lusofonias são questões políticas, e econômicas (ou económicas), que devem ser discutidas no terreno conflituoso das várias ciências sociais - e para lá emigro quando quero conversá-las. Lá. Peço licença, então, para - nestes posts - fugir do imbróglio diplomático e me divertir com as diferenças entre um gambá e uma doninha-fedorenta, uma bolinha-de-gude e um berlinde, um chapéu-de-chuva e um guarda-chuva, sem me preocupar com as novas regras de hifenização, tampouco com a correcção da grafia "antiga" ou com a crítica ao colonialismo às avessas do mercado editorial brasileiro. Talvez a graça esteja, nestas linhas, em discutir pentelhos. A isto, presto-me aqui.
Que assim seja.
Lusofonias são questões políticas, e econômicas (ou económicas), que devem ser discutidas no terreno conflituoso das várias ciências sociais - e para lá emigro quando quero conversá-las. Lá. Peço licença, então, para - nestes posts - fugir do imbróglio diplomático e me divertir com as diferenças entre um gambá e uma doninha-fedorenta, uma bolinha-de-gude e um berlinde, um chapéu-de-chuva e um guarda-chuva, sem me preocupar com as novas regras de hifenização, tampouco com a correcção da grafia "antiga" ou com a crítica ao colonialismo às avessas do mercado editorial brasileiro. Talvez a graça esteja, nestas linhas, em discutir pentelhos. A isto, presto-me aqui.
Que assim seja.
Pinto Ferreira
Uma feliz descoberta. Música boa para dias de verão, dessas que fazem os pés batucarem o chão nas paragens de autocarros. São os Pinto Ferreira, "um pop-rock fresco, e feliz por estar vivo" (ESEC Tv). Para tocar no radinho de mão, ei-los!
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