sexta-feira, 6 de maio de 2011

Futebol é o esporte, ou desporto, nacional. No país de Cristiano Ronaldo, goleiro é guarda-redes, equipe é equipa, trave é poste, pênalti é penálti, camisa é camisola, torcida é claque e torcedor, adepto. Ao redor do relvado (gramado), correm os apanha-bolas (gandulas) como putos (piás, guris) em disparada rua abaixo. No ponto alto da partida - o gol - em Portugal grita-se golo: e gol contra é lamentado como auto-golo. Em dias de jogo, é comum ser dito "ir à bola", ou "ver a bola", daí a expressão "ir à bola com" como afirmação de apreço, simpatia ou admiração - como a um bom amigo a quem confiamos a companhia para os jogos do Benfica - ou a sua negativa "não vou à bola com isso" ("não vou com a cara disso"). Das TVs ligadas, e da malta a comemorar entre Imperiais e sofás, os gritos de golo ressoam pelas frinchas das ruelas. Então, a saudade dos rojões, das vidas em barulho a torcer pelo Corinthians, e do vizinho a quase perder a voz, talvez a vida, pelo São Paulo, ê o.

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