sexta-feira, 10 de junho de 2011

Quando leio, em vidros de azeitonas ou embalagens de maionese, "conservar em frigorífico", imagino-os, fra(s)cos pequeninos, assustados entre carcaças de animais e algozes de aventais brancos a retalharem bois. Uma mistura de Earthlings com Cortázar, em cenas descabidas que me moram. Isso porque, em Portugal, frigorífico é a geladeira brasileira, e não o morgue refrigerado onde (a)guardam os nossos bifes (bifanas). Frigorífico, geladeira. Vale lembrar que os açougues, em terras lusitanas, são chamados de talhos - e os açougueiros, talhantes. Uma diferença (refri)gerada em questões de conservação, de carnes e da língua.

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